
Síndrome Pós-Covid é o termo utilizado para descrever casos de pessoas que foram infectadas por Covid-19, mas continuam sentindo alguns sintomas da doença, como cansaço excessivo, tosse, dificuldade de concentração e falta de ar.
Segundo a OMS, um paciente com síndrome Pós-Covid deve apresentar alguns critérios para ser diagnosticado com a síndrome. São eles:
- apresentar sintomas da doença após 3 meses desde a infecção;
- ter tido uma contaminação por SARS-Cov-2;
- ter sintomas ou complicações de saúde por mais de 2 meses;
- não possuir nenhum outro diagnóstico que justifique os sintomas.
Embora o vírus já não esteja mais no organismo, o corpo continua apresentando os sintomas, afetando, assim, a qualidade de vida de quem já foi contaminado. Alguns estudos classificam a síndrome como uma sequela de Covid-19, pois alguns vírus já apresentaram sintomas semelhantes, como a gripe espanhola e a infecção por SARS.
Em casos menos graves de contaminação por Covid-19, durante o período da infecção, o corpo produz substâncias conhecidas como citocinas, que se acumulam no sistema nervoso central e causam sintomas característicos da síndrome; já nos casos mais graves, os sintomas da síndrome são consequências de lesões causadas em algumas partes do corpo, como pulmões, coração, cérebro e músculos.
Segundo um estudo realizado em 2020, algumas pessoas são mais vulneráveis a desenvolver os sintomas da síndrome Pós-Covid, tais como:
- idosos, principalmente com mais de 70 anos;
- mulheres;
- pessoas que tiveram 5 sintomas ou mais durante a primeira semana de infecção por Covid-19.
Sintomas característicos da síndrome Pós-Covid:
- cansaço excessivo;
- dor muscular;
- tosse;
- dor de cabeça;
- sensação de falta de ar;
- dor ou pressão no peito;
- palpitações;
- perda de paladar ou olfato;
- diarreia e dor abdominal;
- dificuldade de concentração ou pensamento.
Ainda não existe uma cura para a síndrome Pós-Covid, porém, é importante procurar um médico para avaliar o caso e sugerir tratamentos para aliviar os sintomas. Dessa forma, a melhor maneira para prevenir a síndrome é evitar a infecção por Covid-19, mantendo cuidados essenciais como o uso de máscaras, higienização das mãos, distanciamento social e vacinação completa contra a Covid-19.
Claudia Klein é médica neurologista, graduada pela Faculdade de Medicina do ABC, com residência em Neurologia e Clínica Médica na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, e pós-graduada em Ciências da Longevidade Humana pelo grupo Longevidade Saudável. Faz atendimento clínico e é palestrante nas áreas de neurociência e meditação.
Acredito que muitas das sequelas da Covid ainda serão descobertas e estudadas, inclusive as consequências psicológicas.