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Empreendedor 50+ - O segredo do sucesso é a curadoria das joias oferecidas



ENTREVISTA: MARINA REJMAN

ZENTA: Quando começou a empreender e quantos anos tinha?


MARINA REJMAN: Minha carreira foi como executiva de Marketing em multinacionais. E, como contei em uma entrevista anterior aqui no Zenta, depois de 25 anos decidi mudar e empreender, montando um espaço de debate de inovação, chamado Sala de Cultura.

Z.: Por que escolheu essa nova área para empreender agora?

M.R.: Com a pandemia, os encontros presenciais foram suspensos e a versão somente on-line não atingia a riqueza da vivência presencial. Então, como muitos, investi o tempo em novos aprendizados e fui me especializar em joalheria, que sempre gostei, mas, para falar a verdade, na minha vida tão agitada, nunca tinha levado isso em consideração.

Z.: Qual é o seu empreendimento?

M.R.: Com os meses em casa, comecei a pensar no que poderia ser um novo negócio para mim. E, com tudo fechado e o crescimento gigante do comércio eletrônico, tinha que ser algo on-line. Minha formação é de marketing e vi que montar um negócio 100% on-line me traria uma experiência maior em marketing digital, que é algo que só se aprende na prática, pois está sempre em constante mudança. Então, resolvi juntar as coisas e iniciar um negócio de venda de joias e semijoias totalmente on-line.

Z.: Quais são os principais obstáculos enfrentados neste negócio?


M.R.: Uma barreira é o fato da pessoa querer experimentar uma peça para decidir se quer ficar com ela. Então, diferentemente do comércio on-line tradicional, onde o cliente tem que comprar para receber e experimentar, e, se não gostar, tem que devolver para ter o dinheiro de volta, eu decidi que poderia encaminhar as peças para as clientes experimentarem em casa e somente depois optarem pela compra.

O início foi bem trabalhoso, pois peças de semijoias têm um valor possível de investimento para formar um bom mostruário, mas joias são peças caras. Então, tive que buscar outro modelo de negócio. Procurei designers brasileiros que fazem peças artesanais em prata, ouro e pedras preciosas e fechamos parcerias, onde eu tenho a representação, divulgando as peças, de forma a não custar nem um real mais caro para os clientes deles. E, por questões de segurança, eu não queria ter nenhuma peça de valor fisicamente comigo.

Z: Qual é o diferencial do seu produto/serviço?

M.R.: O maior diferencial que as pessoas estão apreciando muito, e está sendo o segredo do sucesso do crescimento, é a curadoria que faço das peças. A gama de itens que eu verifico antes de definir o que ofertar é gigante, para que as peças tenham design, qualidade e preço justo. Um designer cobra pelo material empregado e seu trabalho no desenho e confecção das peças. Já uma joalheria tem que acrescentar os gastos com o ponto no shopping, toda a equipe de gerentes, vendedores e demais funcionários, o investimento gigante em publicidade, etc. Quando você compara, a mesma joia de qualidade que sai por R$ 2 mil com o designer, custa R$ 12 mil na joalheria. Esta desproporção gigante é o que viabiliza o negócio que estou fazendo com os pequenos designers. Eles focam no desenho e na produção das peças e eu foco na divulgação e organização da venda.

E, nas semijoias, a oferta no mercado é imensa, mas é difícil “garimpar” o que é realmente bonito e de qualidade. Estes itens, por serem somente banhados a ouro (e não ouro maciço) ou ródio (cor prata), têm preço muito acessível (entre R$ 100 e R$ 200). Eu procuro as peças que, ao vestirmos, proporcionam o sentimento de que a nossa imagem está atual, contemporânea e valorizada. Como se diria em moda, dão um “up no look”!

Z.: Como se preparou para iniciar esse empreendimento?

M.R.: Acho que muito do conhecimento que tenho para iniciar novos negócios veio das inúmeras aulas que participei na Sala de Cultura, além da minha experiência de trabalho em empresas. Mas, como todo novo negócio, é uma descoberta por dia, onde novas decisões devem ser tomadas.

Z.: Quais foram as maiores dificuldades e conquistas?

M.R.: A maior dificuldade ainda é vencer a barreira dos meus próprios amigos em entender que eu posso, sim, saber outros assuntos que vão além dos temas pelos quais sou conhecida. É muito forte a minha imagem como uma pessoa de marketing e inovação, por toda a minha trajetória de trabalho e também pelos meus vídeos no Canal de Youtube (Sala de Cultura). Então, alguns amigos, quando viram minhas primeiras divulgações, me ligaram para entender, achando que tinham visto algo errado (“Marina divulgando joias?”). Além de ser um tema em que estou me especializando com cursos e mentorias, o maior trabalho é a parte do Marketing Digital, e eu sempre fui uma profissional de marketing. Então, o que mudou foi o tema das ações de marketing.

Z.: Quais as dicas para quem quer empreender?

M.R.: Busque conhecimento sobre o mercado em que quer empreender. Converse muito com as pessoas da área para não ser pega de surpresa. Quando pensamos em um negócio, facilmente vem na mente o lado bom, mas nem sonhamos com todos os problemas que podem acontecer. Ter a oportunidade de ouvir as pessoas te contarem todos os problemas já pode te ajudar muito a definir o seu modelo de negócio, mitigando riscos e aumentando a sua chance de fazer bem, aproveitando as características que são as suas fortalezas. Faça várias opções de Canvas, para estudar diferentes possibilidades e todos os fatores envolvidos.

Neste momento do negócio de Marina Rejman, o primeiro canal de divulgação é o Instagram @ajoia.joias.

Seu contato pessoal, para quem quiser falar sobre joias, semijoias ou sobre empreendedorismo, é (11) 98118-1213.



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