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Fragmentos da Memória: Relembre os apresentadores mais queridos dos programas de auditório




Portal Zenta - Hoje: Fragmentos de Memória: Programas de auditórios da TV


"Alô, alô, Terezinha", "Absolutamente certo" e "Nossos comerciais, por favor” foram bordões imortalizados por Chacrinha, J. Silvestre e Flávio Cavalcanti, respectivamente. Em comum? Apresentadores queridos de televisão, pioneiros dos programas de auditório, categoria que marcou época na televisão brasileira e, assim como as novelas, continua a fazer muito sucesso!


Quem nunca cantou "pegue o seu banquinho e saia de mansinho", imitando Raul Gil, ou "lá vem a Aracy de Almeida lá, lálálálá lálá...", mudando o nome do jurado que entrava no palco no programa de calouros do Silvio Santos? Ou "Pedro de Lara... é coisa nossa..."?


São grandes talentos dessa categoria de programas para se destacar, e hoje vamos relembrar alguns deles!


O pioneiro da TV, J. Silvestre, apresentou o programa de estreia da TV Tupi, em 1950. A fama veio cinco anos depois com 'O céu é o limite', considerado o primeiro programa de perguntas e respostas da TV brasileira. E os "Almoços com as Estrelas"? Todos os sábados pela TV Tupi, com os queridos Lolita Rodrigues e seu marido Airton Rodrigues, que delícia!


A "gracinha" Hebe Camargo, como ela chamava as pessoas, carinhosamente, não poderia faltar em qualquer lista dos maiores apresentadores. Sua primeira aparição na TV foi em 19 de setembro de 1950, em um dueto com o então galã Ivon Curi. Teve um papel relevante na construção do caráter do brasileiro na medida em que abria seu programa para temas polêmicos, como inclusão, diversidade., contrariando, muitas vezes, os dirigentes da TV e do governo.Após sua morte, aos 83 anos, foi tema de várias biografias, um musical e, mais recentemente, do longa-metragem “Hebe” , com Andréa Beltrão no papel-título. Atualmente é exibido em forma de minissérie na televisão.


Entre os pioneiros da TV estava também Airton Rodrigues, conhecido por ser extremamente simpático. No programa "Almoço com os Artistas”, grande sucesso que apresentava com a esposa, Lolita, ele fazia os convites, esperava as pessoas na porta da TV Tupi e, pessoalmente, os conduzia às suas cadeiras. Airton era assessor de Assis Chateaubriand. Sua função era de crítico de TV, tendo sido um dos principais críticos do Diário da Noite.



Com Lolita, formava o "Casal 20" da TV brasileira. Apresentou na TV Tupi os programas “Clube dos Artistas” e “Almoço com as Estrelas”, até 1980, quando do fechamento do canal. Em seguida esteve a frente do “Almoço com as Estrelas”, no SBT. Com a separação do casal, o programa também chegou ao fim.


E as saudades que deixou José Abelardo Barbosa, o "Chacrinha", um show à parte com toda a sua irreverência, as belas chacretes e sua maneira única de fazer comunicação! Em 1944 criou "O Cassino do Chacrinha", que apresentou em diversas rádios, fez um sucesso enorme e, com isso, passou a ser conhecido como Abelardo “Chacrinha” Barbosa. Com seu figurino diferenciado e a buzina inconfundível, o Velho Guerreiro, como também era conhecido, estreou na TV Tupi em 1956, e na Globo, em 1967. Em dezembro de 1972, voltou para a TV Tupi e, em seguida, foi para a Record, retornando depois para a Tupi. Em 1978, mudou-se para a TV Bandeirantes. Voltou à Globo em 1982, para apresentar, nas tardes de sábado, seu "Cassino do Chacrinha". "Quem não se comunica, se trumbica", já dizia!


Lembra de Flávio Cavalcanti? Ele estreou como apresentador de TV em 1957, com o programa “Um instante, maestro!”, na TV Tupi. Tinha duas marcas registradas: o movimento frequente de tirar e colocar os óculos e a maneira de chamar o intervalo, apontando o dedo indicador para o alto, dizendo “Nossos comerciais, por favor”. Inovou ao inserir o júri artístico, o que faz sucesso até hoje.


Outro destaque em sua carreira foi o programa de calouros “A grande chance”, que estreou em 1967, dando oportunidade a talentos em início de carreira, como Emílio Santiago, Alcione, Leci Brandão. O júri contava com personalidades como Nelson Motta, Leila Diniz, Mister Eco, Dener, Danuza Leão, Vera Fischer, Maysa, entre outros. Flávio Cavalcanti também apresentou o “Noite de gala” e “Sua majestade, a lei”.


E como passar os domingos sem Silvio Santos? "O Homem do Baú" sempre apresentou vários quadros de sucesso e o inesquecível Show de Calouros, com os jurados Aracy de Almeida, Elke Maravilha, Décio Piccinini, Flor, Pedro de Lara e tantos outros, verdadeiros personagens. Era 1962 quando o programa Silvio Santos começou a ser exibido. Passou por várias emissoras: TV Paulista, TV Globo, Tupi, TVS. Lembra que ficava no ar praticamente o dia inteiro?

Entre seus quadros, havia os de música, as gincanas, os que mexiam com as emoções, os românticos, e os infantis. Há alguns anos, uma exposição no Museu da Imagem e do Som (MIS - SP) possibilitou que o público interagisse com o cenário e se sentisse "participante" de alguns deles, como "Qual é a Música" ou aquele em que a criança ficava em uma cabine à prova de som e respondia com sonoros "siiim"ou "nããão" se queria trocar um brinquedo por outra coisa e vice-versa.


Jacinto Figueira Júnior, conhecido como "O Homem do Sapato Branco", apresentava o programa com o mesmo título, criado em 1966. Sabe por que o uso do sapato branco? Era uma menção aos profissionais de saúde que, segundo ele, eram os únicos que desejavam o bem do próximo. A atração enfocava a violência urbana e "o mundo cão" e teve alguns problemas com a Censura Federal, que considerava o programa sensacionalista.


Quem não se lembra de Edson Cury, o "Bolinha" que, segundo os críticos, conquistou o público logo no primeiro momento em que estreou na televisão? Isso ocorreu na TV Excelsior (antes passou pela rádio de mesmo nome), como responsável pelos flashes esportivos do programa “Últimas Notícias”. Ganhou seu programa de calouros, "A Hora do Bolinha", em 1966. Em 1967, Chacrinha pediu demissão na TV Excelsior, deixando vago um horário na noite dos sábados, e ele foi o escolhido para assumir o horário nobre desse dia na emissora. Da TV Excelsior, Bolinha foi para a TV Record em 1973 e, de lá, para a TV Bandeirantes, onde ficou por vinte anos comandando o “Clube do Bolinha”. As camisas estampadas bem coloridas, usadas por fora da calça, eram uma de suas marcas registradas.


Raul Gil começou a trabalhar cedo, foi feirante, metalúrgico, mas desde os 8 anos demonstrava interesse pela vida artística. Resolveu enfrentar um programa de calouros. Foi rejeitado 17 vezes. Foi convidado para cantar nos Calouros Toddy, apresentado por Hebe Camargo, e se saiu vitorioso. Participou da Caravana do Peru, dirigida por Silvio Santos, quando já estava casado e precisava trabalhar. Ele gostava de cantar boleros, e assim gravou oito discos de 78 rotações, três Lps e dois cds. Também imitava vários cantores, sempre bem humorado.

Estreou, a seguir, o programa ”Raul Gil Room”, pela TV Excelsior. Passou depois pelas emissoras Bandeirantes, Tupi, SBT, Record. Seu passe era muito disputado, pois seus programas sempre deram grande audiência. Na década de 1990, foi para a TV Record e revelou artistas e grupos como Sidney Magal, Gretchen, Chrystian e Ralf, Só pra Contrariar, Katinguelê, Mara Maravilha, Gera Samba, Ultraje a Rigor, Titãs. E você já se imaginou no quadro "Para quem você tira o chapéu", apresentado durante muitos anos por Raul Gil? Sabia que ele foi criado por Airton Rodrigues, inspirado no cantor Waldick Soriano, que sempre portava o acessório? Em junho de 2010, Raul Gil transferiu-se da Band para o SBT, onde apresenta o seu programa nas tardes de sábado.



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Imagens: Revista Veja, SBT e Acervo Globo/Memória Globo


Fontes: Acervo Globo/Memória Globo, Museu da TV, Folha de São Paulo, Observatório da TV - UOL


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