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Tecnologia
Especialista fala sobre o ChatGPT e como pode ajudar no cotidiano dos 50+
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ENTREVISTA COM MARCIA CALDERON SISTER, EMPREENDEDORA E MENTORA

Como os 50+ podem se beneficiar com o ChatGPT?

 

Marcia Calderon Sister fala sobre o novo modelo de linguagem natural desenvolvido pela OpenAI, o ChatGPT

 

ZENTA: O que é o ChatGPT e como funciona?

MARCIA CALDERON SISTER: O ChatGPT é um modelo de linguagem natural desenvolvido pela OpenAI, uma empresa de pesquisa em inteligência artificial. Ele é baseado na arquitetura GPT-3.5 na versão gratuita e GPT-4  na versão paga, que é capaz de gerar textos em resposta a perguntas ou estímulos fornecidos pelo usuário. O funcionamento do ChatGPT é baseado em um algoritmo de aprendizado de máquina que é treinado em grandes conjuntos de dados para aprender a linguagem e o contexto em que as palavras são usadas. Basicamente, ele analisa os dados de treinamento para aprender como as palavras são usadas em diferentes contextos e, a partir disso, é capaz de gerar respostas mais complexas e contextuais.

 

Z.: Quais são as limitações atuais  do ChatGPT?

M.C.S.: As especificações atuais do ChatGPT incluem sua dependência de grandes limites de dados para treinamento. Quanto mais dados disponíveis, melhor será o desempenho do modelo. Outra limitação é a possibilidade de gerar respostas preconceituosas ou emocionantes em algumas situações, devido ao viés presente nos dados de treinamento. Lembrando que a maioria dos conteúdos de sua base de dados foi criado por humanos , portanto sujeito a vieses distorcidos também.  Hoje, o ChatGPT só gera conteúdo baseado em sua base de dados coletados até setembro de 2021 , desta forma não são dados atualizados. Algumas ferramentas já integram o ChatGPT-4 e podem dar respostas mais atualizadas como o BING, porém ainda estão em fase de testes.

 

Z.: Quais são os dados usados pelo ChatGPT?

M.C.S.: O ChatGPT utiliza dados de treinamento de diferentes fontes, incluindo textos da internet, livros e outras fontes de dados disponíveis ao público. Utilizou uma base de dados de conhecimento composta por textos da Wikipédia, books do Google, textos de jornais em sites web, conteúdos de textos da rede social Reddit. A ideia é que o modelo aprenda a linguagem natural da forma mais próxima possível da forma como é usado pelos seres humanos. Para isso, é necessário um grande volume de dados de diferentes tipos e fontes.

ChatGPT-3,5, lançado em novembro de 2022, conta com uma base de conhecimento por volta de 10 bilhões de palavras para respostas, totalizando 45 terabytes (TB) de dados no pré-processamento.

Sobre o ChatGPT-4, lançado em 15 de março de 2023, sabemos que foi treinado com 100 TB de dados na base de conhecimento e processou um trilhão de parâmetros. 

Z.: Como o ChatGPT lida com questões éticas e de privacidade?

M.C.S.: A OpenAI diz que tem políticas rigorosas para garantir que o ChatGPT não seja usado de maneira antiética ou prejudicial, mas na prática isto é impossível. São os seres humanos que usam a ferramenta  e, algumas vezes, são antiéticos. Como ainda não há regulamentação específica para Inteligência artificial, fica difícil algum tipo de punição. Se temos uma faca na cozinha, podemos utilizá-la para nos ajudar a cortar alimentos ou matar alguém, tudo depende de quem usa a ferramenta. Eles também dizem que tomam medidas para proteger a privacidade dos usuários, incluindo anonimização dos dados de treinamento e restrição no acesso aos dados de conversa do usuário, mas não comprovam isto. Por este motivo, a Itália baniu o ChatGPT até que a OpenAI comprove que cuida destes dados. A privacidade e a ética são preocupações importantes no desenvolvimento de inteligência artificial. A sociedade, os governos e as empresas devem se preocupar e conversar sobre este assunto polêmico.

Z.:  Qual a diferença do ChatGPT em relação a outros assistentes virtuais?

M.C.S.: A principal diferença do ChatGPT em relação a outros assistentes virtuais é sua capacidade de gerar respostas mais complexas e contextualizadas, graças à sua arquitetura de linguagem natural avançada. Isso significa que ele é capaz de entender e responder a perguntas e estímulos de forma mais precisa e detalhada, considerando o contexto em que as palavras são usadas.

Os outros assistentes, como Alexa e Siri, fazem a busca na Internet, assim são mais atualizados, oferecem respostas  que podem ser patrocinadas, o que não acontece no ChatGPT.

 

Z..: Como nós, os 50+, podemos nos  beneficiar com o ChatGPT? 

 

M.C.S.: O ChatGPT pode ser benéfico para os 50+ em várias situações. Por exemplo, pode ajudar a encontrar informações variadas, responder perguntas de saúde, oferecer companhia e entretenimento, e muito mais. Um usuário 50+ pode perguntar ao ChatGPT sobre uma receita de comida saudável, pedir recomendações de livros ou filmes para assistir, ou obter informações sobre como cuidar melhor de sua saúde. Ele pode ser uma ferramenta útil para se manter informado, aprender coisas novas e se divertir.

 

Saber fazer as melhores perguntas é um diferencial. Portanto, quem tem mais experiência e maior repertório se dá bem. Se for empreendedor poderá economizar tempo em diversas tarefas administrativas, como fazer tabelas e organização. Tarefas de comunicação e vendas são incríveis no ChatGPT. É possível criar conteúdos para um mês inteiro de redes sociais em minutos.

 

Z.: Na sua opinião, o Chat GPT pode prejudicar setores como educação e trabalho?

 

M.C.S.: Acredito que haverá uma mudança sim, e bem grande. Todos terão que se adaptar para uma nova era . 

O Fórum Econômico Mundial sinaliza que 50% das habilidades profissionais devem mudar nos próximos cinco anos A força de trabalho está sendo automatizada mais rapidamente do que o esperado, de onde se prevê o deslocamento de 85 milhões de empregos nos próximos cinco anos.

Calcula-se que a revolução dos robôs criará 97 milhões de novos empregos, mas as comunidades em maior risco de ruptura precisarão do apoio de empresas e governos.

Em relação à educação, é muito importante aumentar a interação entre aluno e professor com aulas mais experimentais e dinâmicas, aulas práticas como se fossem workshops. O modelo antigo de conteúdo, lição de casa, prova, não funciona mais. A sociedade deve discutir novos formatos de educação e os pais devem estar atentos às mudanças . O ChatGPT é apenas uma ferramenta. Como usar criativamente em projetos, o ser humano é quem  decide.

 

Marcia Calderon Sister e uma ajudinha do ChatGPT-4 ;)

Com formação em marketing pela Espm e transformação digital pela FIA, acumula mais de 30 anos de experiência como empreendedora. Conhecida como uma líder visionária, tem paixão por ajudar empresas e pessoas a alcançarem seus objetivos por meio de inovação em suas consultorias e mentorias. Idealizadora também do “Mulheres com Futuro” um curso que mulheres aprendem a desenhar seus próprios futuros baseado em tendências.

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