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Empreendedor 50+ - Negócio com antiguidades contou com experiência valiosa do tempo como professor



ENTREVISTA: PROF. CLAUDIO MORENO DOMINGUES


ZENTA: Quando começou a empreender e quantos anos tinha?


CLAUDIO MORENO DOMINGUES: Ao me aposentar com 57 anos, como professor de História do 1° e 2° graus da rede pública estadual e prof. universitário da rede particular, em 2019.


Z.: Qual é o seu empreendimento?


C.M.D.: Antiquarista, comercializo peças antigas com arte e histórias.


Z.: Por que escolheu essa área para empreender?


C.M.D.: Como apreciador de História e Arte de uma maneira geral, passei do estágio de colecionador de antiguidades e objetos históricos a comercializar este tipo de peças.


Z.: Como se preparou para iniciar esse empreendimento?


C.M.D.: Devagar fui me familiarizando com o mercado, as "regras do jogo". Conhecendo outros vendedores, fornecedores, feiras, antiquários, brechós, etc. O contato com outras pessoas da área foi fundamental. O apoio dos familiares e amigos, e dos novos amigos que vamos fazendo, é fundamental, pois sozinho é muito difícil. Nesta área há uma grande competição, mas, também, pessoas muito boas. O bom senso é imprescindível.


Z.: Teve algum exemplo ou inspiração?


C.M.D.: Entre estes novos contatos, um novo amigo foi "top". Ele também era iniciante, mas já estava na frente. Mesmo sendo de outra cidade, trocamos muitas ideias e daí um apoia o outro. Palpitando na avaliação de peças, se eram comercializáveis, qual faixa de mercado poderiam se inserir, possíveis valores para aquisição e posterior venda, etc. Ele dava mais palpites na área da comercialização em si, eu, na seleção, catalogação das peças, daí minha formação em história e história da arte foi uma "mão na roda", e como lidar com os mais variados tipos de clientes. Muitas vezes saímos juntos para garimpar peças, sempre dividindo os achados com cordialidade.


Z.: Quais foram as maiores dificuldades e conquistas?


C.M.D.: O capital inicial não precisa ser alto, pois depende muito do valor de aquisição das peças, elemento fundamental para uma boa venda com algum rendimento. Iniciei captando peças em brechós e feiras, e, muitas vezes, na empolgação adquiri peças sem valor, ou danificadas. Mas fui aprendendo a selecionar e evitar equívocos, enganos e também ser ludibriado. No início tudo era guardado em meu apartamento, peças, caixas e materiais para embalagem. Logo minha casa virou um caos. Assim, parti para alugar um espaço mais adequado, onde estou hoje. Minha meta é, em primeiro lugar, cobrir as despesas e o capital investido. O resto é só alegria.


Z.: Qual é o diferencial do seu produto/serviço?


C.M.D.: As peças que comercializo são únicas, pois são impregnadas, além da sua beleza intrínseca, de historicidade. Suas marcas, riscos, trincados, etc., são as suas cicatrizes que a fizeram sobreviver até hoje. E é isso que objetivo levar aos meus clientes, seus novos proprietários.


Z.: Quais as dicas para quem quer empreender?


C.M.D.: Fazer o que se gosta é fundamental, unindo esse prazer a uma possível nova fonte de rendimento, o que sempre é bem-vindo. Ter coragem de ousar, não ter medo de errar. Os erros devem ser vistos como os nós de um bambu, devemos superá-los, pois sabemos que quanto mais nós, mas forte é o bambu e, com certeza, nós também. Os nós não devem ser obstáculos, mas degraus para a superação e o sucesso.


Z.: Como você avalia o valor da sua experiência para o sucesso do seu empreendimento?


C.M.D.: Aos 56 dei os primeiros passos, para me tornar, no futuro (após a aposentadoria), um antiquarista. Ser professor de História e História da Arte me deu elementos preciosos para o desenvolvimento do meu novo empreendimento. Ir aos poucos foi fundamental para não dar um passo maior do que as pernas e aprender a superar barreiras, e não me afundar nelas. A idade traz uma vivência que é primordial, ter calma, paciência, perspicácia para entender e se dar bem nas relações humanas, evitando-se assim frustrações típicas da juventude, onde muitos "metem as caras" sem a devida base, podendo trazer frustração e o fantasma do insucesso.


Facebook: Claudio Moreno Domingues

Instagram: Claudio_moreno_antiguidades

e-mail: claudiomdomingues@gmail.com

Canais: minhas páginas no facebook e instagram, Market Place, em breve, Mercado Livre e OLX.





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