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Muito além do cálcio - Alimentação na maturidade




A nutricionista Gabriela Halpern fala com exclusividade ao Portal Zenta sobre alimentos que contribuem para a saúde na maturidade. Confira:

ZENTA: À medida que envelhecemos, existe uma diminuição na necessidade calórica e um aumento na demanda de nutrientes. Como podemos readaptar a nossa dieta? A partir de que idade recomenda mudanças na dieta?

GABRIELA HALPERN: Acho que mais do que pensar em idade cronológica, vale pensarmos em ciclo hormonal. Muitas mudanças ocorrem no corpo da mulher a partir do climatério e menopausa, com todas as mudanças hormonais. O corpo da mulher começa a envelhecer aos 25 anos, mas a partir dos 40 anos é mais comum percebermos uma mudança maior no corpo e no metabolismo, que fica mais lento.

Uma pessoa que tem alimentação saudável equilibrada durante a vida toda precisa de menos ajustes na alimentação à medida que envelhece.

É muito comum o aumento no ganho de peso com a avançar da idade em função de uma redução no metabolismo basal e pela alteração hormonal. A queda nos níveis de estrogênio, com a chegada da menopausa, faz aumentar o risco de osteoporose e aumenta a deposição de gordura na região abdominal.

Como o metabolismo fica mais lento, é interessante consumir alimentos que garantem saciedade com valor calórico reduzido, como verduras, legumes e frutas, incluir alimentos integrais, aveia e temperos como canela, gengibre, açafrão, que são termogênicos, anti-inflamatórios, ajudam no controle glicêmico.


Z.: Que tipo de alimento possuI os nutrientes necessários para manter músculos e ossos saudáveis em pessoas pós-climatério e menopausa?

G.H.: Muita gente pensa apenas no cálcio para a manutenção de ossos saudáveis, mas pensando na saúde óssea e muscular é fundamental levarmos em conta também vitamina D, magnésio, zinco, boro, silício, fósforo, vitamina K, vitamina C, gorduras boas – frutas, verduras, legumes, carnes magras, ovos,

aveia, cereais integrais, grãos, castanhas e sementes. É importante evitar alimentos que podem facilitar a “saída” do cálcio dos ossos, por aumentar a acidez corporal: açúcar, cafeína, álcool e refrigerantes (mesmo diet).

Z.: Quais alimentos podem ajudar na prevenção de doenças em pessoas

nessa fase?

G.H.: É curioso que a alimentação para prevenir e tratar doenças têm, em geral, a mesma base. Alimentos mais naturais e menos processados. Como temos essa redução na necessidade calórica, é importante a gente pensar em uma alimentação rica em fibras para aumentar a sensação de saciedade com alimentos pouco calóricos. Então, um pratão de folhas no almoço e outro no jantar são indispensáveis. Quanto mais natural a alimentação, melhor, com frutas, verduras, legumes, castanhas e sementes, carnes magras, alimentos integrais e menos processados.

Gabriela Halpern é nutricionista graduada pelo Centro Universitário São Camilo e atua há mais de 20 anos na área. É Mestre em Ciências Aplicadas pelo departamento de Pediatria da Unifesp/Escola Paulista de Medicina, Especialista em Fitoterapia e em Nutrição Clínica Funcional. Atende em diversas clínicas, como a Clínica Halpern e o ambulatório de Endometriose da Unifesp.


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